quarta-feira, 14 de outubro de 2009

As Borboletas



As Borboletas
Vinícius de Moraes

Brancas

Azuis

Amarelas

E pretas

Brincam

Na luz

As belas

Borboletas


Borboletas brancas

São alegres e francas.


Borboletas azuis

Gostam muito de luz.


As amarelinhas

São tão bonitinhas!


E as pretas, então . . .

Oh, que escuridão!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Indicações

A importância da leitura também indica filmes.
Vale a pena conferir!

* O leitor
* Irmãos Griim
* O labirinto do fauno
* A língua das Mariposas
* Coração de Tinta - O livro mágico .

Comente a charge abaixo:

domingo, 4 de outubro de 2009

O VESTIDO AZUL





Num bairro pobre de uma cidade distante, morava uma garotinha muito bonita. Ela freqüentava a escola local. Sua mãe não tinha muito cuidado, e a criança quase sempre se apresentava suja. Suas roupas eram muito velhas e maltratadas.

O professor ficou penalizado com a situação da menina. "Como é que uma menina tão bonita, pode vir para a escola tão mal arrumada?"
Separou algum dinheiro do seu salário e, embora com dificuldade, resolveu comprar-lhe um vestido novo. Ela ficou linda no vestido azul.

Quando a mãe viu a filha naquele lindo traje, sentiu que era lamentável que sua filha, vestindo aquela roupa nova, fosse tão suja para a escola.

Por isso, passou a lhe dar banho todos os dias, pentear seus cabelos e cortar suas unhas. Quando acabou a semana, o pai falou:
- Mulher, você não acha uma vergonha que nossa filha, sendo tão bonita e bem arrumada, more em um lugar como este, caindo aos pedaços? Que tal você ajeitar a casa? Nas horas vagas, eu vou dar uma pintura nas paredes, consertar a cerca e plantar um jardim.

Logo, a casa destacava-se na pequena vila pela beleza das flores que enchiam o jardim, e o cuidado em todos os detalhes.

Os vizinhos ficaram envergonhados por morarem em barracos feios e resolveram também arrumar as suas casas, plantar flores, usar pintura e criatividade. Em pouco tempo, o bairro todo estava transformado.

Um homem, que acompanhava os esforços e as lutas daquela gente, pensou que eles bem mereciam um auxílio das autoridades. Foi ao prefeito expor suas idéias e saiu de lá com autorização para formar uma comissão para estudar os melhoramentos que seriam necessários ao bairro.

A rua de barro e lama foi substituída por asfalto e calçadas de pedra. Os esgotos a céu aberto foram canalizados e o bairro ganhou ares de cidadania. E tudo começou com um vestido azul.

Não era intenção daquele professor consertar toda a rua, nem criar um organismo que socorresse o bairro. Ele fez o que podia, fez a sua parte. Fez o primeiro movimento que acabou fazendo com que outras pessoas motivassem-se por melhorias.

Será que cada um de nós está fazendo a sua parte no lugar que vive? Ou por acaso somos daqueles que somente apontam os buracos da rua, as crianças à solta sem escola e a violência do trânsito?

Lembremos que é difícil mudar o estado total das coisas. Que é difícil limpar toda a rua, mas é fácil varrer a nossa calçada. É complicado mudar o mundo, mas é possível plantar uma rosa azul.

Olimpíadas 2016

Brasil quer ser potência olímpica

Lula anuncia próxima ‘meta’ em busca de muitas medalhas

Ter o Rio de Janeiro como sede da Olimpíada de 2016 é apenas um dos passos que o Brasil pretende dar no esporte. A ambição - e o desafio -, a partir da vitória sobre metrópoles do calibre de Madri, Tóquio e Chicago, é transformar o país em potência olímpica. O primeiro ato desse objetivo já foi definido: o Ministério do Esporte e o futuro comitê organizador dos jogos convocarão nos próximos dias presidentes de todas as federações desportivas de modalidades olímpicas para exigir um plano de metas visando à conquista de medalhas. O objetivo é investir na formação de novos atletas, que tornarão "o país competitivo" no Rio. No horizonte de dez anos, o plano é transformar o Brasil em "potência olímpica".

Essas ambições foram reveladas ontem, em Copenhague, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo ministro dos Esportes, Orlando Silva, e pelo presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman. Coube a Lula usar a expressão "metas" para designar a ambição olímpica dos dirigentes. "O que o Brasil quer nessas Olimpíadas enquanto país competitivo?", questionou, introduzindo o tema e reiterando a responsabilidade do Estado em motivar os atletas. "Nós vamos ter de fazer uma reunião com os presidentes de federações de todos os esportes e exigir que eles apresentem um programa de metas. Onde queremos chegar no boxe, no basquete, nos Jogos Olímpicos?", indagou o presidente Lula.

Inspirado pelo planejamento da candidatura Rio-2016, Lula afirmou que começará em seu governo a montar uma estratégia de apoio ao esporte olímpico - tarefa que terá de ser concluída por seus sucessores.

O Cavalinho e a Borboleta


Esta é a história de duas criaturas de Deus que viviam numa floresta distante há muitos anos atrás.

Eram elas, um cavalinho e uma borboleta. Na verdade, não tinham praticamente nada em comum, mas em certo momento de suas vidas se aproximaram e criaram um elo.

A borboleta era livre, voava por todos os cantos da floresta enfeitando a paisagem. Já o cavalinho, tinha grandes limitações, não era bicho solto que pudesse viver entregue à natureza.

Nele, certa vez, foi colocado um cabresto por alguém que visitou a floresta e a partir daí sua liberdade foi cerceada.

A borboleta, no entanto, embora tivesse a amizade de muitos outros animais e a liberdade de voar por toda a floresta, gostava de fazer companhia ao cavalinho, agradava-lhe ficar ao seu lado e não era por pena, era por companheirismo, afeição, dedicação e carinho.

Assim, todos os dias, ia visitá-lo e lá chegando levava sempre um coice, depois então um sorriso.

Entre um e outro ela optava por esquecer o coice e guardar dentro do seu coração o sorriso.

Sempre o cavalinho insistia com a borboleta que lhe ajudasse a carregar o seu cabresto por causa do seu enorme peso.

Ela, muito carinhosamente, tentava de todas as formas ajudá-lo, mas isso nem sempre era possível por ser ela uma criaturinha tão frágil.

Os anos se passaram e numa manhã de verão a borboleta não apareceu para visitar o seu companheiro.

Ele nem percebeu, preocupado que ainda estava em se livrar do cabresto.

E vieram outras manhãs e mais outras e milhares de outras, até que chegou o inverno e o cavalinho sentiu-se só e finalmente percebeu a ausência da borboleta.

Resolveu então sair do seu canto e procurar por ela.

Caminhou por toda a floresta a observar cada cantinho onde ela poderia ter se escondido e não a encontrou.

Cansado se deitou embaixo de uma árvore. Logo em seguida um elefante se aproximou e lhe perguntou quem era ele e o que fazia por ali.

- Eu sou o cavalinho do cabresto e estou à procura de uma borboleta que sumiu.

- Ah, é você então o famoso cavalinho ?

- Famoso, eu ?

- É que eu tive uma grande amiga que me disse que também era sua amiga e falava muito bem de você.

Mas afinal, qual borboleta que você está procurando ?

- É uma borboleta colorida, alegre, que sobrevoa a floresta todos os dias visitando todos os animais amigos.

- Nossa, mas era justamente dela que eu estava falando. Não ficou sabendo ? Ela morreu e já faz muito tempo.

- Morreu ? Como foi isso ?

- Dizem que ela conhecia, aqui na floresta, um cavalinho, assim como você, e todos os dias quando ela ia visitá-lo, ele dava-lhe um coice.

Ela sempre voltava com marcas horríveis e todos perguntavam a ela quem havia feito aquilo, mas ela jamais contou a ninguém.

Insistíamos muito para saber quem era o autor daquela malvadeza e ela respondia que só ia falar das visitas boas que tinha feito naquela manhã e era aí que ela falava com a maior alegria de você.

Nesse momento o cavalinho já estava derramando muitas lágrimas de tristeza e de arrependimento.

- Não chore meu amigo, sei o quanto você deve estar sofrendo.

Ela sempre me disse que você era um grande amigo, mas entenda, foram tantos os coices que ela recebeu desse outro cavalinho, que ela acabou perdendo as asinhas, depois ficou muito doente, triste e sucumbiu e morreu.

- E ela não mandou me chamar nos seus últimos dias ?

- Não, todos os animais da floresta quiseram lhe avisar, mas ela disse o seguinte:

"Não perturbem meu amigo com coisas pequenas, ele tem um grande problema que eu nunca pude ajudá-lo a resolver.

Carrega no seu dorso um cabresto, então será cansativo demais para ele vir até aqui."

Você pode até aceitar os coices que lhe derem quando eles vierem acompanhados de beijos, mas em algum momento da sua vida, as feridas que eles vão lhe causar, não serão mais possíveis de serem cicatrizadas.

Quanto ao cabresto que você tiver que carregar durante a sua existência, não culpe ninguém por isso, afinal muitas vezes, foi você mesmo quem o colocou no seu dorso.


Terminada essa história pare para pensar, quantas vezes em sua vida e no dia-a-dia você tem sido o "Cavalo" e quantas tem sido a "Borboleta".